domingo, 9 de dezembro de 2007

08 de dezembro de 2007- Mudanças de planos...

Esse encontro tinha como objetivo construir a horta.

Chegamos todos, a terra que poderia não ter chegado chegou, conseguimos os tocos de madeira para o entorno na horta, os quatro do encontro anterior estavam, tínhamos a ferramentas, mas já nas primeiras "capinadas' vimos um aspecto que tinha sido esquecido no planejamento: solo cheio, muito cheio de entulho, pedras e mais pedras.

Alternativa: fazer na UBS.
Tudo bem a não ser por que teríamos de carregar terra e pelo aviso do Diego e do Pedro de que teriam aula(isso era sábado) e prova de recuperação.
Com o time desfalcado sentamos para conversar e reavaliar a possibilidade de fazer a horta naquele dia.

Não era impossível, mas muito difícil. Ficou combinado para quarta, mais cedo, 7:30, para evitar o sol que no momento da conversa já estava insuportável.

Anna e Gabi foram até a escola e conversaram com os meninos que concordaram com a proposta do grupo.

Ficou um alerta sobre o real interesse em construir a horta. Pensamos em mais uma reavaliação de objetivos e pensar no futuro do grupo.

05 de dezembro de 2007- Breve passagem sobre a conversa com o pessoal da biblioteca...

Bom,neste dia fomos para resolver a questão do espaço e da terra.
A parte da terra foi completamente frustrada a princípio, não achamos o carroceiro que nos traria terra. Ficamos apenas na esperança que seu Zé, marido da Evinha da cooperativa encontrasse alguém que trouxesse a terra para nós. E deu certo! (descobrimos no sábado.

Da nossa conversa...
Nosso contato na biblioteca era o Jocimar, ou Jocí. Ele é jovem líder por um projeto do Murialdo, sendo responsável pela parte ambiental do projeto, que inclui outros eixos como cultura e educação.
Ele nos contou sobre o projeto de fazer uma pequena horta no espaço da biblioteca, mas tendo em vista o projeto pronto entre outras questões não poderíamos estar participando agora. Nossa horta seria feita no espaço da Cooperativa e nós poderíamos, em regime de parceria ajudar na construção do espaço deles. Esse vínculo, bem como seu fortalecimento acredito será muito importante como rede de apoio para o nosso grupo.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

02 de dezembro de 2007- Minhocas...

Este encontro visava planejar a construção da horta e construir o minhocário.
É estranho falar isso, estamos saindo um pouco do cronograma, atrasos. Mas foi por um bom motivo, no final de semana anterior teve uma feira que reuniu os diversos trabalhos que tem sido feitos no morro. Daí foram feitos alguns contatos que acredito serão bem importantes.

Mas começamos com complicações, sem a chave do nosso local de encontro tivemos que fazer uma transferência de local, após algumas tentativas de achar a chave entre as membros da cooperativa da mulheres.

Escolhemos uma sombra de árvore perto da UBS de referência.
Manu então, com os materiais no chão sugeriu que o pessoal procedesse como o combinado. Aos poucos, com algumas resistências (Eca, minhoca! Eu não mexer nisso), com algumas negociações (então tu bota a cerragem!) e uns puxões de orelha do próprio grupo ( Bah, vamo lá traz isso ou aquilo! Deixa de frescura e vem participar!) O minhocário ficou pronto, sob a tutela do nosso colega Pedro.

Daí sentamos para planejar a horta. Através do Tevep vimos materiais, mão de obra, tempo, e para o espaço ficamos de na quarta feira ir conversar com o pessoal da Biblioteca Ilê Ará que talvez disponibilizasse um espaço. Se não construríamos no terreno da Cooperativa.

Terminamos cedo.

Importante ressaltar que nesse encontro vieram 4 pessoas. Todos o que ao meu ver se vêem como grupo: Gabi, Pedro, Diego e Dieguinho.
Essa é a porção do grupo inicial que realmente se vê como grupo e participa como tal.

Show do Vitor ramil 06/12/2007- uma música

(Nenhuma identificação, mas a beleza dela só descreve a própria música)

Vitor Ramil - Deixando O Pago
Vitor Ramil - João Da Cunha Vargas

Alcei a perna no pingo
E saí sem rumo certo
Olhei o pampa deserto
E o céu fincado no chão
Troquei as rédeas de mão
Mudei o pala de braço
E vi a lua no espaço
Clareando todo o rincão

E a trotezito no mais
Fui aumentando a distância
Deixar o rancho da infância
Coberto pela neblina
Nunca pensei que minha sina
Fosse andar longe do pago
E trago na boca o amargo
Dum doce beijo de china

Sempre gostei da morena
É a minha cor predileta
Da carreira em cancha reta
Dum truco numa carona
Dum churrasco de mamona
Na sombra do arvoredo
Onde se oculta o segredo
Num teclado de cordeona

Cruzo a última cancela (52" - 103 KB)
Do campo pro corredor
E sinto um perfume de flor
Que brotou na primavera.
À noite, linda que era,
Banhada pelo luar
Tive ganas de chorar
Ao ver meu rancho tapera

Como é linda a liberdade
Sobre o lombo do cavalo
Ouvir o canto do galo
Anunciando a madrugada
Dormir na beira da estrada
Num sono largo e sereno
E ver que o mundo é pequeno
E que a vida não vale nada



O pingo tranqueava largo
Na direção de um bolicho
Onde se ouvia o cochicho
De uma cordeona acordada
Era linda a madrugada
A estrela d'alva saía
No rastro das três marias
Na volta grande da estrada

Era um baile - um casamento
Quem sabe algum batizado
Eu não era convidado
Mas tava ali de cruzada
Bolicho em beira de estrada
Sempre tem um índio vago
Cachaça pra tomar um trago
Carpeta pra uma carteada

Falam muito no destino
Até nem sei se acredito
Eu fui criado solito
Mas sempre bem prevenido
Índio do queixo torcido
Que se amansou na experiência
Eu vou voltar pra querência
Lugar onde fui parido

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Uma A-Conclusão



Antes de tudo: não aceito concluir nada pois meu processo de aprendizagem sobre educação alimentar e sobre a ampla temática da educação não pode ser concluído. Sob o preço de eu estagnar o meu aprendizado no estado imaturo que ainda está.
Conclusão no sentido de finalização é claro.

Mas no sentido de "o que eu aprendi", ou melhor de que forma minha percepção sobre os temas abordados mudou e se tornou diferente do que seria se eu não tivesse vivido as coisas que vivi ligadas direta ou indiretamente a disciplina: daí eu tenho algumas considerações.

Primeiramente digo que por vários motivos a educação sempre me pareceu desafiadora. E estar na disciplina forçou-me a começar a quebrar as barreiras deste desafio para que ele se colocasse na dimensão concreta de ação. Isso não é fácil. Ao menos pra mim porque implica em uma relação, não depende só de mim o desenvolvimento positivo ou dentro das expectativas, que leve a objetivo idealizado. Não é como misturar dois reagente ou fazer uma conta matemática. Se lida com pessoas e cada dia me convenço da complexidade de tudo isso.

Segundo, algumas coisas que pareciam óbvia e implícitas num processo educativo para mim foram objeto de algumas análises racionais. Pensar os OBJETIVOS de uma intervenção parece muito óbvio, mas uma das coisas que me dei conta foi que ele deve ser pensado em todas as suas minúcias e com um cuidado de ser periodicamente revisado. Prova disso foi nos questionarmos mesmo sobre o que é alimentação saudável.Afinal, o que queremos passar,será que sabemos mesmo qual é o nosso objetivo? Será que sabemos o que queremos como educadores, será que queremos "ensinar" alimentação saudável? Se mesmo para nós os parâmetros mudam?

Terceiro posso dizer que aprendi, e nas últimas apresentações de trabalhos tive alguns reforços para teoria de que alimentação saudável pode não ser o objeto principal de ensino. Ela pode ser trabalhada paralelamente a outros conteúdos, que muitas vezes serão as demandas da nossa população, muito mais que falar sobre o alimento em si. O alimento pode ser trazido num lanche, numa conversa durante o trabalho que tem em si um tema que motive os educandos. E talvez isso venha de encontro a amenizar tantas frustrações quando não se percebe o interesse em falar sobre alimentação. Talvez realmente não exista interesse, mesmo que claramente exista a necessidade. Mas o assunto da alimentação pode ser discutido paralelamente a outros e por isso mais fácil de relacionar com a realidade de cada um.

Bom, fazendo a minha auto-avaliação, sobre a minha posição enquanto educanda. Acho que atingi as metas essenciais. Com certeza gostaria de ter dado mais de mim e aproveitado mais. Mas a semente dos questionamentos ficou, e se antes eu me enamorava distantemente do tema da educação, ela olhando de lá e eu de cá, agora posso dizer que já criei coragem de me aproximar dela, de ler sobre o assunto, de pesquisar. Deixar o platonismo de achar importante mas não procurar, para trocar mais que olhares e começar um romance de verdade.
Bom, questionamentos que ficaram foram todos, sinto que o papel da disciplina para mim foi principalmente quebrar barreiras. Sobre educação ainda não sei quase nada, mas a experiência prática me foi muito válida, muito mesmo, aprendo a cada novo encontro, a partir das minhas reflexões, das colocações dos jovens.
Faltam as sugestões. Eu não sei bem o que sugerir, mas acredito que deveríamos ter mais tempo. Isso porque o assunto é muito amplo e sua exploração é essencial. Isso porque enquanto nutricionistas, a não ser que o nosso paciente use sonda e esteja hospitalizado, basicamente teremos que nos utilizar de ferramentas educativas para que nosso plano alimentar seja cumprido. Tanto em nível de grupo, como foi a abordagem da maioria das colegas, em escolas ou outras instituições, quanto em nível ambulatorial ainda temos pouco espaço para trabalhar a questão da abordagem. Dessa forma, podemos nos formar com um ótimo nível técnico, mas limitadas quando temos de levar esse conhecimento para a prática.
Educação nutricional atendeu todas as minhas expectativas, dentro das possibilidades. O ideal seria mais tempo.
Acredito que as dinâmicas iniciais deveriam continuar também.
It's All Folks

Bibliografia