Sinceramente não sei se conseguirei falar sobra cada palestra que vi, afinal sinto que nessa volta do Rio meus dedinos de catar milho no teclado criarão calinhos devido ao tanto de coisa que tenho praproduzir.
Um ótimo começo é dizer que o Conbran desse ano foi revolucionário em muitos aspectos. Confesso que talvez tenha sido revolucionário para mim, não sei como foram os outros, afinal este foi o meu primeiro. Entretanto afirmo que nunca havia visto um evento tão político na área de Nutrição.
Política é uma coisa complicada, mas aqui para simplificar coloco o Conbran-político porque houveram posicionamentos críticos sobre os eventos que ocorrem no mundo e que afetam a segurança alimentar.
Segurança alimentar... Sustentabilidade... Eu antes de ir no evento já acreditava que este dois conceitos são indissociáveis, que ao se lutar para que a segurança alimentar se consolide estamos lutando ou devemos lutar pela sustentabilidade. O que me admirou foi ver tantas nutricionistas neste mesmo pensamento, mais abrangente (muito mais abrangente) do que é normalmente é abordado em outros eventos.
Certo momento, numa discussão sobre transgênicos uma colega coloca que acreditava que o posicionamento da palestrante havia sido tendencioso, que deveríamos estar discutindo protocolos de segurança contra alergenicidade e toxicidade dos transgênicos, quando outra retruca que os transgênicos trazem riscos mais amplos a segurança e a soberania alimentar e por isso é sim importante que tratemos esse tema de forma política.
Este foi o oponto que eu queria destacar: o engajamento da classe de nutricionistas com pautas globais visto a emergência de uma crise alimentar que prevemos agravará ainda mais as situações de insegurança alimentar. Bem como a intersetorialidade desta crise, que deve ser vista através de várias óticas, a do meio ambiente, a dos problemas sociais, a econômica, para que possamos nos colocar em favor do Direito Humano a Alimentação e supera-la.
Era isso: que os frutos desse congresso se perpetuem e promovam mudanças.
